sábado, 15 de janeiro de 2011

O homem escondido

Lá na chácara do flamboyant tem um galho de pau ferro que caiu da árvore e juro que tem dentro dele um homem deitado, se agarrando num pedaço da madeira. A gente pode ver os músculos do braço, o cotovelo, a mão insinuada, a lateral abaixo do braço, esticada, as costas, o início das nádegas, depois ele se esconde. Todos os dias que passo por ele, eu o acaricio pensando em como gostaria de poder tirá-lo de lá. O rosto, ele não mostra; o vemos apenas de costas com os cabelos embaraçados. Também, jogado no mato, quem pensaria em pentear os cabelos, não é?

3 comentários:

  1. Que prazer ser o primeiro leitor a comentar!
    Muito legal Uxa! Posts lindos! Voltarei por aqui

    bj

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  2. Uxa querida, estou repetindo o comentário que o anterior não postou.
    É isso, este espaço está lindo, tem a sua feição, lindo, linguagem breve, contido e expressivo.
    Que que eu vou dizer? Você tem tudo de bom, na pessoa e na escrita. E agora sai por aí compartilhando isso com a gente. Muito querida, você.
    Virei visitá-la sempre.
    Beijo, amiga
    da Regina Gulla

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  3. Agora entrei, vi e adorei.
    Tentei colocar comentário mas não tinha conta para tal.
    Então por eqto vai no pessoal.
    Vc está liiiiiinda na foto!
    Seus escritos já revelam sua personalidade literária: feita de sutilezas absolutamente fortes.
    Será que sutilezas podem ser fortes? Vc consegue mostrar que sim.
    Mais uma vez, parabéns linda mulher!
    Bjk
    Susa

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