sábado, 3 de setembro de 2011

Dona Thereza à tarde


Não sabe por que são amarelas e só amarelas. Todos os dias ao caminhar pelo bosque para beber com os olhos as delicadezas de Deus, ela contempla as borboletas e se espanta. Todos os dias se espanta. Vê a pequenina de asas transparentes pousar no caule da íris, segue seu vôo com o olhar, lá vem outra maior, e outra e outra, parando aqui e ali, pousam nas flores do Ipê. Quem desenhou a beleza que portam nas asas, que espelho lhes ensinou a simetria, não tem uma igual à outra. Mas, que curioso: todas amarelas. De onde vem a cor das asas das borboletas? E se indagando Dona Thereza tinge de luz sua solidão.

foto da Internet

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