Barba, óculos de aro escuro, pernas, axilas, braços peludos, o rapaz p
A sala da casa se abre para um espetáculo de dança. Os ouvidos da platéia
se enchem de música, os corpos balançam imperceptivelmente enquanto aguardam as
bailarinas. O som de tambores e cítaras anuncia odaliscas. A morena, a loura, a oriental, a negra. Balançam ancas, rodopiam em
sorrisos enquanto o ar se impregna de perfume na fumaça de
incenso. Devagar se despem dos sete véus e suas mãos constroem, com panos de
sete cores, sucessivos arco-íris que tomam os ares e deixam o moço sem
ar. A boca do rapaz se abre; dos olhos claros chamas de fogo se lançam, o membro entesa. As mãos suam, o corpo treme. No aconchego do sofá, um espasmo; a cabeça gira brusca para um lado e encontra o espaldar
macio.
Deitado
num solo de areia dura e amarela tem à frente dos olhos os segredos
da moça oriental. Estende a mão, toca-a, os dedos roçam os pelos púbicos, desajeitados, procuram a entrada. Sente o cheiro da mulher, quer entrar; ela
se vira, é um gato, fica cara a cara com ele. Tira-lhe os óculos e acaricia-lhe o
rosto em muitos beijos suaves; dirige-lhe a mão para a abertura da caverna e
deixa que os dedos a penetrem. Busca–lhe o membro e, terna, o beija. Úmida, senta-se
sobre ele e ondula ao rítmo do tambor longínquo. Foi assim, no sonho, que
aconteceu.
Nossa, sonhei o sonho junto com o narrador. Eita texto Bão, seu!!! Lindo, Uxa. Bj da Regina
ResponderExcluir"Lindo, Uxa! Ousado e singelo."
ResponderExcluirSu
Gostei do feminino no convite.
ResponderExcluirGostei da mulher no atrevido do ondular.
Eu li um convite que é doce, interessado. Desnudado. Uma palpitação de sexo rasgado.
O jeito que você descreve a atração fez dela, para mim, benção.
Benção que é forte. Carne.
Física nas mãos odaliscas.
Elétrica “... no membro que entesa”.
Muito bonito o seu texto, cara escritora-no-blog.
Meu abraço, até mais,
Cibele
PS:
Penso que umas palavras podem bater asas do seu texto. Não farão falta.
Uma vez saídas, o que atrai, de modo descarado, no seu texto estará: no púlpito, no palco, no altar.
Juro? Acho que sim.
Cibele, já tirei! Gostou?
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